Arroz Carreteiro
Ao sul da pampa, o sol vai se escondendo,
E o gaudério, recolhe o gado na invernada...
Assim segue lentamente o dia escurecendo,
Pondo um fim, em mais um dia de jornada...
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E a hora que fome chega feito uma condenada,
Então cato a lenha para acender o fogareiro...
Pego as panelas de ferro, e a faca prateada,
E vou preparar um arroz carreteiro...
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O charque deixo aferventando ao fogo,
Para que não fique muito salgado...
Depois com cebola e o alho, eu refogo,
Deixando-os bem dourados...
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Depois é só juntar o arroz,
E deixar fritar mais um pouco com a mistura...
A água vem logo após,
E deve baixar o fogo, quando começar a fervura...
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Pois em fogo brando tu deves cozinhar,
Tampando a panela pela metade...
Quando estiver quase seco, a panela tens que abafar,
E depois de cinco minutos, pode comer a vontade...
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Pico salsinha, só para dar um cheiro,
Porque o tempero é simples, para quem gosta de variar...
Mas com salada, é um prato inteiro,
Então se sirva que é hora de jantar...