QUE VENGA LA CRIA!

Pajada

Homenagem aos pajadores do Brasil Meridional pelo seu dia – 30/01

Dilson Gimba

A rima é meu acalanto,

Busco refúgio no verso,

No magistral universo

Do poema que é meu manto.

Neste verdadeiro encanto,

Deste toque de alquimia

Onde faço da alegria

A verdadeira oração

Deixo aberto o coração

Pra transbordar a poesia.

Por inteiro eu me entrego

Ao sentimento que brota

Bem lá do fundo da grota

Do meu peito, onde carrego

O catecismo que prego:

- A litúrgica pajada.

Com a alma abençoada

No altar do coração

Não há melhor oração

Que a poesia despojada.

Primeiro nasce na mente,

Aquilo que será feito.

Depois se encrava no peito

Bem no coração da gente.

E, o verso, o que se sente

No cadinho se elabora

E assim se bota pra fora

Tamanho o arrebatamento.

E com todo o sentimento

Sai da alma onde mora!

Não se pode por cangalha

Na alma que entra no cio

Quando se vê...se pariu

Cerca nenhuma atrapalha.

Nada tem que embaralha,

“Que venga, entonces , la cria!”

Mas em forma de poesia

Dessas do tipo pajada

Co’ a rima bem arrojada

Gestada na sacristia.

Poesia não tem fronteira

E em verso se desata,

Como se fosse cascata,

Levando o que está na beira

Vem derrubando barreira

E costurando horizontes

Cruzando todas as pontes

Igualando as diferenças

De etnias e crenças

Tornando-se uma só fonte.

Dilson Gimba
Enviado por Dilson Gimba em 26/02/2014
Código do texto: T4707568
Classificação de conteúdo: seguro