Tempo

Ouve um tempo...

Não agora, mas no passado,

Em que o direito era direito

E que o dever era sagrado.

Ouve um tempo, em que

O respeito era a base de tudo

E o xucrismo tinha seu valor.

Um tempo onde pelear por um ideal,

Era motivo de orgulho

E a injúria, era riscada de adaga.

Saudades daquele tempo,

Onde a bravura não era sinal de crueldade

E a ingenuidade era virtude pura.

Tempo dos nossos avós,

Bisavós quem sabe.

Tempo, onde o próprio tempo

Passava lento, arrastando-se por entre a coxilha.

Aprendizes do tempo somos nós,

Filhos da ignorância xucra

Que nos cega os olhos e a alma,

Que decapitam cabeças,

Com a navalha do bagual modernismo

De uma fraudulenta ilusão.

Andrisa Scholz
Enviado por Andrisa Scholz em 12/02/2014
Reeditado em 14/02/2014
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