O Guerreiro do Semblante Triste

Descansa tua espada, bravo guerreiro,

Teus inimigos jazem ao chão.

Quiseras que esta foste tua última batalha

Sabes, porém que outras virão.

Ruge o brado de vitória,

Mas já não sentes alegria.

Anseias somente a paz,

Irás encontrá-la algum dia?

Conhecestes o poder e a glória.

És o maior entre os teus.

Dos inimigos tirastes tantas vidas,

Poderias se comparar a um deus.

Mas a fama pelos homens tão almejada,

Para ti já não possui mais valor.

Teu desejo é uma vida sossegada,

Plantar, colher, dedicar-se ao seu amor.

As cicatrizes de batalhas sofridas,

O não saber se verá nascer mais um dia,

A amarga perda dos amigos amados,

Trouxeram-lhe enfim a sabedoria.

Como pode haver regozijo

Onde impera o caos e a destruição?

Afinal tudo é vaidade,

E no fim somente a morte terá seu galardão.

Teu nome ecoa na eternidade,

Ao lado de Aquiles, Perseu e Ulisses.

Serás lembrado pra sempre como

O guerreiro do semblante triste.

Inspirado na obra "As Crônicas de Artur" - Bernard Cornwell

Jean (Carlos)
Enviado por Jean (Carlos) em 06/12/2013
Código do texto: T4601595
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