O Guerreiro do Semblante Triste
Descansa tua espada, bravo guerreiro,
Teus inimigos jazem ao chão.
Quiseras que esta foste tua última batalha
Sabes, porém que outras virão.
Ruge o brado de vitória,
Mas já não sentes alegria.
Anseias somente a paz,
Irás encontrá-la algum dia?
Conhecestes o poder e a glória.
És o maior entre os teus.
Dos inimigos tirastes tantas vidas,
Poderias se comparar a um deus.
Mas a fama pelos homens tão almejada,
Para ti já não possui mais valor.
Teu desejo é uma vida sossegada,
Plantar, colher, dedicar-se ao seu amor.
As cicatrizes de batalhas sofridas,
O não saber se verá nascer mais um dia,
A amarga perda dos amigos amados,
Trouxeram-lhe enfim a sabedoria.
Como pode haver regozijo
Onde impera o caos e a destruição?
Afinal tudo é vaidade,
E no fim somente a morte terá seu galardão.
Teu nome ecoa na eternidade,
Ao lado de Aquiles, Perseu e Ulisses.
Serás lembrado pra sempre como
O guerreiro do semblante triste.
Inspirado na obra "As Crônicas de Artur" - Bernard Cornwell