Nos teus olhos de noite enluarada

Foi pra teus olhos de campo

Que me perdi pelo tempo

Andejando os descaminhos

Por andar sozinho...

Buscando a volta mais longe

Pra quem segue e tange

O próprio tempo da razão

De ter a uma impressão

De tanto e tudo que tenho

De onde sou, de onde venho.

Na poesia que lhe entrego

Nela assim carrego

Tanto por teu bem querer

Por no horizonte ver

Teus olhos de sanga

E em min, um gosto de pitanga

Vem a boca, por moldar

E por assim te contar

Na imagem parada da memoria

Trazendo um regalo antes do dia

Pra quem segue num poema

De alma ainda pequena

Por saudade mateio a sombra

Desses caminhos, na imagem rara...

E na alma tiro mais poema da alma

Pra quem levou a calma

Querendo ter no meu caminho

Um pouco dos teus carinhos

Roubando pelas luzes dos teus olhos

Tantos dos meus sonhos

Mais lindeiros que tive pra ti...

E ainda que pelos teus olhos vi...

Na espera de um sonho mais vivo

Puro, e também mais altivo.

Então enalteço este verso

Por ele, assim lhe confesso

E ainda na minha reza no cedo

A mesma que livra do medo

E pelo coração do povoado

Tem alguém que me fez costado

Em uma tarde mais serena

Quando minha alma não era pequena

E num ruído de vida, nas lembranças

Fica esta que bota tenência

Sonha com campo e galpão

Pra não ter mais tanta solidão

Pra meus olhos, que guardei

O tanto que sonhei.... encantei...

Encantei minha alma com teus encantos

E no mais, pela volta dos tempos

Vou ajeitando essa lembrança

Pra ter alguma esperança

de sinuelo, pelo imagem serenada...

E volte a pegar a estrada

Mas, pra ir ao teu rumo alma

E ver não no horizonte, em calma

Ver por perto dos meus olhos

Que agora, vivem a recorda-te em sonho

Com carinho neste descaminho

Que ainda cruzo, sozinho...

Buscando além do portal da frente

Oque por ainda se sente...

Trazendo pra ti esse verso

Que por ele lhe confesso

Que pelos teus olhos de reponte

Levou meus sonhos marar no horizonte.

E agora na imagem emoldurada

Noto além dessa minha ramada

Que leva pelo corredor na nevoa

Sonhos de fiador, depois de uma garoa.

Pra quem ainda já sem voz, guarda...

Teus olhos de noite... Enluarada.

Ginete
Enviado por Ginete em 01/11/2013
Código do texto: T4552029
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.