MANANCIAL

Num manancial de ternura

Quando te olhei, tu me olhavas

E um pealo se preparava

Para alguma aventura.

Mas, não ficou só no olhar:

Te convidei para a dança

Porque a minha esperança

Era poder te abraçar.

Um Chamamé... uma rancheira,

Eu aguentei o desejo.

Mas dei o primeiro beijo,

Numa chinchada vaneira.

Muito mais que uma loucura

Foi o nosso aconchego

Pois ainda em meus pelegos

Vivemos nossa aventura.

Pois quando os olhares se batem,

Com sentimento no peito,

Não tem maneira e nem jeito:

Não há ninguém que desate.

O Patrão Velho deu sorte

Para ti e para mim

Por que separar-nos, enfim,

Só se for depois da morte.

Dilson Gimba
Enviado por Dilson Gimba em 03/10/2013
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