MEIO-TERMO

Não quero ser o máximo,

Nem o mínimo, mesmo!

Prefiro, sempre, o meio-termo.

Há gente que tudo quer,

E, outros, que nada querem,

Com esses, eu não me iludo,

É provável que "se ferrem".

Por que os extremos são radicais,

Não deixam margem para compensação,

O máximo é sempre por demais,

O mínimo só causa insatisfação.

As extremidades são muito extremas,

Não dão chance para o imponderável,

São absolutas, exatas, supremas,

E não se moldam ao maleável.

Por isso prefiro me colocar no meio,

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra,

Sem me valer de covardias ou receios,

Apenas ao que o conceito encerra.

Nem o máximo,

Nem o mínimo, mesmo!

Quero ficar no meio-termo.