NA LONJURA DA QUERÊNCIA (Regionalismo gaúcho)
MAURO MARTINS SANTOS
A planura não reflete
Aquilo que lá ficou.
A tropilha pelas canhadas
É um pingo que se domou.
As noites de lua nevada
Reluz no lombilho do flete,
De alma sempre vigiada,
O tempo se foi e não repete.
Gaúcho asteróide perdido
Vive hoje de aparência,
Como se fosse tento crú urdido
Na lonjura da querência.
Patrícios, vultos da neblina
Como fossem filamentos
Das caudas e da crina,
Do bagual, seus fragmentos.
A vida se passa como no espelho
Ou na penumbra do grotão profundo.
Como na guascada de um relho,
Cada caco reflete um mundo!
MAURO MARTINS SANTOS
A planura não reflete
Aquilo que lá ficou.
A tropilha pelas canhadas
É um pingo que se domou.
As noites de lua nevada
Reluz no lombilho do flete,
De alma sempre vigiada,
O tempo se foi e não repete.
Gaúcho asteróide perdido
Vive hoje de aparência,
Como se fosse tento crú urdido
Na lonjura da querência.
Patrícios, vultos da neblina
Como fossem filamentos
Das caudas e da crina,
Do bagual, seus fragmentos.
A vida se passa como no espelho
Ou na penumbra do grotão profundo.
Como na guascada de um relho,
Cada caco reflete um mundo!