NA MANSÃO DA AZAMBUJA
Os “sete da vida airada”,
De novo com todo o mérito,
Em tertúlia lampreada
Deram show com desafogo:
Alves, Frassino e Diogo
Cação, Saraiva e Adérito
O Valdir à presidência,
E Miguel na assistência.
O bom cicerone Cação,
Com avental encarnado
Como importa à devoção,
Elaborou com mestria
Petisco de fidalguia
De carisma apaixonado
Agradando aos comensais
Qu´ até choraram por mais.
Correu vinho p´ las gargantas,
Em canecas sempre à mão
Com espécies sacrossantas,
E aquele arrozão sem par
De apurado paladar,
Só faltando o violão
Mas o Valdir por cautela
Lá “coladou” à capela.
Duas horas se passaram
Em alegre convivência
Eventos se recordaram,
Espicaçada a memória,
De cada um sua história.
A poesia foi referência
Com laivos de malandrice
E chistes de La Palice.
Houve deliciosa fruta
Com digestivos de bem
E até fizeram disputa
Duas cadelas de raça
Que, com divertida graça,
Ali fizeram entretém.
E no fim, como é da praxe,
Houve fotos e relaxe.
Cada Tertúlia é maneira
De um passado reviver
E é também forma certeira
De equilibrar emoções
Valendo, mesmo a feijões,
Novo encontro acontecer
Naquele astral pertinaz
Que a saudade sempre traz.
Frassino Machado
In RODA VIVA