Olvidado

Uma pena olvidada pela boca de uma madruga

Guarda um missal de sentimentos pelo caminho

Que se corta noite adentro mudando sonhos

Do mês passado pelos olhares daninhos.

Muda o sentido dos pensamentos e dos rumos

Se firma a cruz e nas cruzes de mais um de bocal

Que apreende um rumo largo de um trago de vinho

Beirando o passo costeando o macegal.

Não sei que foste, ou se foi por um sonho

Me roubando os resto de seno em desapego.

Guardando milagres e migalhas em coplas

Que carrego assim comigo.

Manoteando os sentidos pelo olhar mais largo

Firma sob o estribo pelo lado de montar.

Firma a boca e faz volta mais um no rumo

De casa pelas estrelas assim a cuidar.

De alguns sonhos deixando resto de poemas

E vidas pelo sol destapando na luz do dia

Mudando sentidos e pesares pelos caminhos

Que anda solito, e sonhos assim recria.

Estendendo pelo caminho, tranqueando...

Que na conta certa e as vezes depois de um vinho

Se golpeia na volta, do pesar e segue sereno

Firmando a vida nas cruzes e no tentos sozinho.

Ginete
Enviado por Ginete em 18/02/2013
Código do texto: T4146798
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