Olvidado
Uma pena olvidada pela boca de uma madruga
Guarda um missal de sentimentos pelo caminho
Que se corta noite adentro mudando sonhos
Do mês passado pelos olhares daninhos.
Muda o sentido dos pensamentos e dos rumos
Se firma a cruz e nas cruzes de mais um de bocal
Que apreende um rumo largo de um trago de vinho
Beirando o passo costeando o macegal.
Não sei que foste, ou se foi por um sonho
Me roubando os resto de seno em desapego.
Guardando milagres e migalhas em coplas
Que carrego assim comigo.
Manoteando os sentidos pelo olhar mais largo
Firma sob o estribo pelo lado de montar.
Firma a boca e faz volta mais um no rumo
De casa pelas estrelas assim a cuidar.
De alguns sonhos deixando resto de poemas
E vidas pelo sol destapando na luz do dia
Mudando sentidos e pesares pelos caminhos
Que anda solito, e sonhos assim recria.
Estendendo pelo caminho, tranqueando...
Que na conta certa e as vezes depois de um vinho
Se golpeia na volta, do pesar e segue sereno
Firmando a vida nas cruzes e no tentos sozinho.