Ode a poesia
Ode a poesia
Ou eu vivo com a poesia
Ou com ela, morro...
Se ela me dá prazer na vida
Se ela é minha parceira
Mesmo que sofrida
A ela peço socorro.
Na solidão da escrita
Cada poeta ela explicita
Às coisas não ditas
Faz dela sua muleta
A elege como sua terapeuta
Dela extraí o que precisa.
Com ela faz a partilha
Através dela escolhe suas musas
Com estas compartilha dissabores
Com elas expõe seus amores
Se, de uma delas se abusa
Outra o poeta busca.
Por uma o poeta se apaixona
Outras seguem como amigas
Com outras se irrita e abandona
Com algumas até briga
Mas, há sempre uma
Que se torna sua preferida.
Algumas são bastante calmas
Outras extremamente ardentes
Umas com a profundidade n’Alma
Outras expressam só o suficiente
Umas são tão presentes
Que não saem da mente da gente.
Assim vive o poeta
Da calma está distante
Seu mundo é inquietante
Sua emoção não fica quieta
Falta-lhe sentido e razão
Sua vida é a chama da paixão.