Mirando longe

Me agarro solito pelo corpo parelho desta guitarra

Que floreia saludos e sonho da alma sem amarras.

Parecem que sentam garras iguais as nazarenas

Nestas tristezas aquebrantando as vilezas na cantilena

Assim vindo da vida, da alma e da terra.

Enfrento solito pela ramada mirando o poente infinito

Cuidando longe do horizonte do olhar mais bonito

O mate fica recostado por um canto ainda cheio

De saudades com lembranças em floreio...

Dando vaza pela bordona já assim contigo.

Deixou pra o fundo dos olhos, mirar além do céu

Cuidando dos silêncios que foram alo leu.

Deixando esperas dentro da alma pela hora

E que o mate recosta perguntando de quem foi embora?

Pelos pensamentos debaixo do meu chapéu.

Sabendo que pela bordona que abre o coração

Vai amanunciando a vontade e a minha emoção.

Trazendo em aroma de flores que um dia lhe dei

Tirada da beira de um corredor que com você andei,

Mostrando meu sonho de vida neste rincão.

Ginete
Enviado por Ginete em 06/02/2013
Código do texto: T4126714
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