Mirando longe
Me agarro solito pelo corpo parelho desta guitarra
Que floreia saludos e sonho da alma sem amarras.
Parecem que sentam garras iguais as nazarenas
Nestas tristezas aquebrantando as vilezas na cantilena
Assim vindo da vida, da alma e da terra.
Enfrento solito pela ramada mirando o poente infinito
Cuidando longe do horizonte do olhar mais bonito
O mate fica recostado por um canto ainda cheio
De saudades com lembranças em floreio...
Dando vaza pela bordona já assim contigo.
Deixou pra o fundo dos olhos, mirar além do céu
Cuidando dos silêncios que foram alo leu.
Deixando esperas dentro da alma pela hora
E que o mate recosta perguntando de quem foi embora?
Pelos pensamentos debaixo do meu chapéu.
Sabendo que pela bordona que abre o coração
Vai amanunciando a vontade e a minha emoção.
Trazendo em aroma de flores que um dia lhe dei
Tirada da beira de um corredor que com você andei,
Mostrando meu sonho de vida neste rincão.