Sem palavras
No início um verso
sem palavras, não havia verbos
confuso..., difuso...., disperso.
Fulgentes olhares noturnos
Sussurros quase mudos
Numa fria noite vazia
Em minhas mãos
Um papel rabiscado
Com cuidado ao seu dispor
Me entreguei vulnerável
Embevecido que sou
Ao que nele estava escrito
Nada havia em mim
Que impedisse o meu expressar
Se comecei teria que terminar
Origem de um gostar agradável
De uma afável convivência
Conceitual, gestual e difusa
Não tive mais paciência
E de tantas angústias
Só fiz me entregar a poesia
Loucura ou confusa, não sei
Algo que não se domina
Um dia se aprende
Se errar se arrepende
Se não tentar não se sabe.