Estamos condenados
Estamos condenados
Talvez você não entenda minhas palavras
Por isso roubo os versos de canções que você não conhece,
E os transformo em meus.
Versos piratas que os digo em voz rouca, de pouco som.
O tempo disfarça e combina com o que não quero.
Contemplo, viajo, realizo e me defendo
Meus passos caminham a passos lento.
Espero, observo cauteloso e discreto o que não entendo.
Aceito o que contesto com “por quês” (?)
Quase tudo se explica
Identifico o que me proíbe em você
Cuidados, medos, muros, erros, o quê?
Outros lados são oposto
Me explico, me apresento, me exponho
Você caminha em descompasso
Os momentos são escassos, apenas sonhos
Limito meus encontros no teu
Meu cansaço é sórdido
Invento histórias perdidas, condenadas
Estamos condenados