Na lembrança do teu olhar moreno

Trago dentro do peito poemas que guardei

Pelos caminhos que onde parei ou cruzei.

Alguns nasceram mais puros que o céu

Outros nasceram e morreram debaixo do chapéu.

Mas de todos eles por viverem dentro de min

Nasceram pra não ter, nenhum fim...

Por quieto... A minha alma hoje é mais serena

Sofrena pelo olhar mais puro de ti pequena.

Assim pelo rumo dos tempos em caminhos de lida

Fui tocando por diante com esporas de andejo a vida

Fazendo coplas, ao dessabor do vento viageiro

Por ser andejo, das estradas em meu olhar pataqueiro.

Sei que é um poema de campo nascido entre as cruz

De um potro, mas mostra toda a minha alma em luz

Que um dia embriaga em magoas pelos potreiros se foi

Acolhendo pelo poente sumindo nos gritos de eira boi.

Colhendo pelos caminhos solitos de restos penas.

Sorvendo amores baratos em bocas de outra morenas.

Deixando pra hoje entregar, minha alma andeja

Pra ti sem medo ou quem quer não veja.

Por poema em poema, faço doando minha alma

Pelas horas silenciosas que lembro de ti em calma

Em que me acalanta sonhos pelo gosto do mate bueno

Nas coplas mais sinceras por este teu olhar moreno.

Ginete
Enviado por Ginete em 18/12/2012
Código do texto: T4042408
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.