Cio
Estranho arrepio
é o cio que paira no ar.
Perfumam as rosas na beira do rio,
e cá no meu peito, um aperto me dá.
Que brilhem os meus olhos,
que tremam as minhas mãos...
Silueta singela,
apenas feminina e bela
é ela, quem sabe me dar,
um instinto animal.
Se passa e fica,
um tormento se agita,
é delírio louco, cego, febril,
no universo do meu céu,
todo feito cor de anil.