Num sonho de luna grande
Luna nova que me salta pelos meus olhos
No céu estrelado revejo a tua janela.
Pela renda da cortina branca que me alvorata
Dentro da alma à somente vela.
Cruzei domando pelo corredor e me aranhei pelos
Teus olhos de luna somente por tela.
Segui pela volta das tardes em mates mais longos
Que minha alma estreleira resolveu sofrenar
E procura a copla em guarida de um olhar calmo
De alma pequena e serena me fazendo sonhar
Escrevendo assim por gosto de um olhar calmo
Por encantamento feiticeiro a luz da luna a rondar.
A luz desta luna feiticeira de alma mais vivida
Sonho em flor pela ronda desta boca da madrugada.
Recordando quando estendo pelo corredor
E vejo ao longe pela hora santa da tarde na ramada
As flores do campo se acalambrando por um sorriso
Deixando minha alma assim sofrenada de boca cerrada
Por não saber a palavra certa em forma de sonho
Latente no meus olhos de campo por ser assim.
Recordo aos meus sonhos um dia guardados dentro
Do peito sem ter a quem poder ter um fim.
Mas sabendo que terá mais que um fim um começo
De alma e copla em vida sem silencio de alma afins.