Depois das lidas
Se pelo choro das minhas garras
Que riscando a terra vão contando
Coplas e ressabio de poveiros
Assim solitas lamentando.
No mais, vai saindo de min indo.
Em direção ao povoado.
Sobrou além destas distâncias
Já se tornando tão minha e tão ternas.
Sigo enfim sob a cruz de um potro
Que às vezes se desgoverna
Neste rumo de campo que leva
Além dos matos e dos olhos das morenas.
Faltou um seguir de alma pela força
Dos braços das almas andarilhas e noiteiras.
Foi mais um potro que soube de rumos
Dos povoados e madrugadas inteiras,
Nos destinos que carrego solito por dentro
Destas cismas chamameceiras.
Às vezes pelo choro dolente destas puas
Assim segue alumbrando sonhos.
Pra depois em um mate já lavado e madrugueiro
Resguardar silêncios do fundo dos olhos.
Deixando além de um rumo de poveiro que
Sem quere ensino a potros alheios.
Na minha alma solita e vivente deste mundo de hoje
Tece coplas de dentro do peito e da vida.
Saem pedaços de minha alma andeja hoje assim
Depois das longas e silenciosas partidas.
Se desgastando os dias e potros que se enfrenam
Ouvindo o choro das puas pelas voltas depois da lida.