O salto ao lombilho reponta o desafio
e o chão é o estribo no prumo de encilhas.
A grande armada e minguadas rodilhas
repartindo o trançado de doze braças.
Reboleada ao vento, a “corda” se alça
e afugenta da porta do brete a novilha.
Voa e revoa o couro na argola
tal qual um moinho na ponta do braço
e o galope seguro segue ao encalço
de negaças, gambetas e o esquivo matreiro
da rês que tenta fugir do golpe certeiro
e do tombo ligeiro do tiro de laço
Um atropelo mais forte cutuca de perto
só o barbicacho segurando o chapéu
de garupa na nuca com a aba pro céu
e o laço assoviando vai cortando o vento
se abre no espaço aguardando o momento
em que vai cumprir o destino de sovéu.
A distância aumenta e os dedos se abrem,
arremessam a armada que cruza o espaço
no aguardo certeiro de um sofrenaço
sujeitando o estiro, encerrando a carreira
lavrando o chão, levantando poeira
do tombo vencido no tiro de laço.
"Cerra aspas"; "de cucharra" ou "sobre lombo",
são formas que encerram o arremate final,
do trabalho conjunto: homem e animal.
Resta agradecer ao amigo cavalo.
A mão erguida ao vento é um regalo
de um "graças à Deus" no desfecho triunfal.