CATARINA DA ROSA, “CATALA”
Existiu a muito tempo
Pras bandas do Camoati
Catarina da Rosa, a catala
E sua historia eu conto aqui
Manuel Pelado, o seu homem
Um domador muito afamado
Morreu sem cumprir acordos
Que antes tinha firmado
Com o pescoço quebrado
O Manuel Pelado morreu
Mas a Catala assumiu
Todos os compromissos seus
Domou uma tropilha louca
A Catala flor de pessoa
E foi gaiteira e domadora
E também parteira das boa
Ela puxava uma oito socos
Em baile, festa e casório
Sem repetir marca alguma
Do seu vasto repertorio
Aonde abria a garganta
Ninguém ficava sentado
E a polca da porca renga
Embalava o salão lotado
E na piazada que nascia
A “xerenga” de picar fumo
É que cortava o umbigo
Botando a cria no prumo
Atava um pavio de vela
E pra não ter nenhum perigo
Era erva nova e uma moeda
Pra não “abicha” o umbigo
Esta foi dona Catala
Que a vida deixou pra trás
Que desfolhava uma rês
Num upa e tapa no mas
Até as águas murmurentas
Do lagoão do Camoati
Ficavam quietas pra ouvir
A Catala cantar assim
Porca "renga", aquerencia
Como os “home” no “falá”
De dia correm a gente
De noite mandam “buscá