BUGIU GALPONEIRO

É de bota e bombacha

Que eu danço folgado

No meio da sala

Sovando as morenas

Arrasto as chilenas

E abano o meu pala

No ronco da gaita

Meu jeitão de taita

Ofusca os candeeiros

De mango no braço

Eu marco o compasso

Deste entrevero

De chapéu desabado

Num tranco socado

Que nem mula manca

Eu rodo o salão

Gastando o garrão

E sacudindo as ancas

Meu jeitão de campanha

Ao chinedo assanha

Dando inveja aos macho

Mas não tem de bla-blá

Meu negocio é “dança”

Nem que o céu venha abaixo

Sou cria de São Chico

Sou bugiu galponeiro

Sou a estampa nativa

Deste chão Missioneiro