SÃO LUIS GONZAGA

Em mil seiscentos e oitenta e sete

O padre Miguel Fernandes fundou

A terceira das Reduções guaranis

E a São Luis Gonzaga então brotou

A cruz cristã ali foi abençoada

A primeira missa rezada no local

Começando a trajetória de grandeza

Com o índio e a sua aptidão pessoal

Pois ali naquelas terras selvagens

Plantadas as margens do rio Ximbocu

Havia um velho lobisomem mitológico

A seduzir e assustar o povo de Nhessu

Então em mil setecentos e cinqüenta

Chegou a seu apogeu econômico e social

Através da justa Regência do Cabildo

Com amor a terra e amparo cultural

Os mágicos toques de sinos, e o gado

Era abundancia nesta terra sem fim

E a vida era um encanto melódico

Em guarani, em espanhol, e em latim

E assim causavam inveja na Europa

Os diversos instrumentos musicais

Que aqui eram fabricados pelos índios

Através de suas técnicas artesanais

E no árduo trabalho envolto na paz

Com a fé em Tupã nos seus corações

O povo conseguiu fazer São Luis

Vir a se tornar capital das Missões

Mas foi assinado o Tratado de Madri

Que marcou o fim de uma utopia

Pois na vil ganância homicida

Os sete Povos das Missões definha

Assim morre a obra dos Jesuítas

Porem a brava e nobre raça guarani

Em tom grave ergue um brado libertário

Esta terra é minha, pois eu sou daqui

E então São Luis renasce novamente

Neste cenário de lutas, encantos e gloria

Através dos personagens que consagram

Este marco cultural da nossa historia

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 09/07/2012
Código do texto: T3769475
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