CONSELHO AOS TROVADORES

Abro a porteira das rimas

Pra espalhar felicidade

E mostrar pra gauchada

Da campanha e da cidade

Que os versos da minha idéia

Saem com facilidade

Pois não existe cancela

Pra minha mentalidade

Eu vou dizer pra vocês

Sou gaúcho desde criança

Eu gosto das coisas boas

E aprecio a boa dança

Tenho a historia farroupilha

Gravada em minha lembrança

E sei que o meu verso pesa

Mais de quilo na balança

A bandeira do rio grande

No meu verso eu simbolizo

E aos metido a trovadores

Já de saída eu aviso

Vão pra casa tomar mate

E criar um pouco de juízo

Pra não toparem comigo

E na idéia terem prejuízo

Pois sou cria do rio grande

E tenho bastante idéia

No favo do repentismo

Sou o mestre da colméia

E o trovador que eu pego

Querendo fazer epopéia

Eu deixo pior que bolacha

Arrodeando em boca de veia

Sou bom ate quando quero

Pois sei ser um mau senhor

Sou professor na esgrima

E na trova sou um doutor

Sempre consigo o que quero

Sem nunca pedir favor

E o maior prazer que tenho

É o de amansar trovador

Sou como a água da chuva

Pra qualquer parte deslizo

Porem me dou muito bem

Com aqueles que simpatizo

Mas irritado eu sou pior

Que cascavel batendo o guizo

Pois sou gaúcho e peleio

E faço versos de improviso

A memória não me falta

Nisto vocês podem crer

Pois através destes versos

Já da pra se perceber

Que não consegui encontrar

Quem pudesse me vencer

Pois trovador que me bata

Ainda esta pra nascer

E assim vou finalizando

Pois já dei o meu recado

Advertindo a quem trova

A não dar o passo errado

De num reponte de trova

Entrar e ser humilhado

É o conselho aos trovadores

Que nestes versos foi dado

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 05/07/2012
Código do texto: T3761642
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