Sem nunca se calar
Quando minha voz se levanta por as tribunas
Sai sem refugar porta ou bolada de quem ouça.
Sai da alma que não silencia ou fica calada
Não refuga olhares que com onças
Tentam pagar ou mandam me calar.
Que a palavra que sai displicente pela minha voz
Não é complacente com que acontece assim.
Não ficando esquecida de nada e sabendo de tudo
E não sabem procura ate o fim.
Mesmo tentando me calar;
Não adianta mandar ou pagar pra me silenciar
A palavra é livre e sai como se tivesse assas
Pra longe e chega aos ouvidos de muitos
Entrando sem pedir licença nas casas
Dos outros sem se calar.
O poema é liberto sai da alma e levanta as vozes
Pelo caminhos de tempo , vida e guarida.
Sabendo que poema é liberto sereno e às vezes
Aberta no fundo da alma das coisas da vida
Fala de tudo e de todos sem se calar.
A fala também não adianta ter pensamentos
E um boca cerrada sem dizer que sabe ou pensa
Somente fica a palavra liberta fugida da alma
E da lida que trás paz e por si própria despensa
Medidas ou silêncios pra não se calar.
E ela se levanta subindo e indo mais longe que possa.
Aberta e livre por as vozes do vento e dos cantadores
Mostrando a vida de tudo que se apreende na lida
Nos sagrados escritos dos campos e galpões,
Sem nunca se calar.
E pelas vozes desses que levam e encantam
Com coplas e notas serena e mais livres
Segue firme a palavra que não foi maldita
E nem perdida pelos amores e nos corredores
A seguir pelo tempo falando de tudo sem se calar.
Sabendo que por si falada ou descrita em papel
Ou nos caminhos de estradas das vidas encantadas
Pelos rumos e vozes de campo e tempo.
Resguarda pura e livre pela letra cifrada
Viva e nunca fingida a todos a contar.