SILÊNCIO ASSASSINO DE UMA POETISA

SÓ MESMO POR SADISMO

TEU ALONGADO MUTISMO?

POR QUE TE FAZES SILENTE

SE BEM SABES QUE SEM O SONAR DE TUA VOZ

ME FLAGELAS, ENVOLVIDO EM SOFRIMENTO ATROZ

E, SEM REMÉDIO, ME FERES MORTALMENTE?

FAZ TRÊS DIAS, ME MANDASTE UM BEIJO.

ALENTO... VISLUMBRE DE ESPERANÇOSO LAMPEJO

DE AFETUOSAS EXTERIORIZAÇÕES. ENFIM, COISA BOA!

MAS FOI UM BEIJO APENAS VOCALIZADO

MERA SAUDAÇÃO VERBAL E, DE MODO CIVILIZADO

TRANSMITIDO POR INTERPOSTA PESSOA.

ASSIM, DE TI NEM SEI MAIS O QUE ESPERAR

SE INEXPLICAVELMENTE RECUSAS A CONVERSAR

SEM EXPOR SEQUER, MÍNIMA RAZÃO.

NO CONTEXTO, POR MEUS ATOS NÃO RESPONDO

TUA INDIFERENÇA É CRIME HEDIONDO.

RESTA-ME APUNHALAR MEU PRÓPRIO CORAÇÃO.

Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 21/06/2012
Reeditado em 11/07/2012
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