Pela bodona

Ao ouvir um toque repicado pelo canto do galpão

Que o Inácio marcava um tango milongueiro

De algo que achou pelas dobras do potreiro

Ou de alguma copla vinda do coração.

Deixou pelo olhar sereno milongueiro

Exaltar um copla buena de forma definidas

De ciclos e de vida e de lidas.

Pelo templo mais campeiro...

Um galpão, um pinho e alguma bordona

Que sabem dos guardados que ficaram atados

No bocais e nos bucais torcidos de potros enfrenados

Que resguardam algum rumo de queromanas

Ficaram misturados junto a um toque repicado

Que soltito vai trazendo em tropilha

Dentro do peito e da alma as coplinhas

Por esse toque as vezes lento a floreado.

Que vai iluminando todo o galpão.

Que trás ate o silêncio pra o patrão ao ouvir

Fazendo pelas cozinheiras surgir, um sorrir

Altaneiro de algo que sai das notas pelas mãos.

Enche de luz e de sonhos de doma e flor

Que parece que consome o tempo mais ligeiro

Pelos olhares que ficam matreiros.

A buscar em si, algo dentro dos guardados em cor.

Que castiga a bordona num tango milongueiro

Fazendo pelos silêncios dos outros

Se domarem anciãs potras pelos olhares puros

Que ficam sofrenados por umas notas de um violão matreiro.

Ginete
Enviado por Ginete em 13/06/2012
Código do texto: T3722994
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