Pela bodona
Ao ouvir um toque repicado pelo canto do galpão
Que o Inácio marcava um tango milongueiro
De algo que achou pelas dobras do potreiro
Ou de alguma copla vinda do coração.
Deixou pelo olhar sereno milongueiro
Exaltar um copla buena de forma definidas
De ciclos e de vida e de lidas.
Pelo templo mais campeiro...
Um galpão, um pinho e alguma bordona
Que sabem dos guardados que ficaram atados
No bocais e nos bucais torcidos de potros enfrenados
Que resguardam algum rumo de queromanas
Ficaram misturados junto a um toque repicado
Que soltito vai trazendo em tropilha
Dentro do peito e da alma as coplinhas
Por esse toque as vezes lento a floreado.
Que vai iluminando todo o galpão.
Que trás ate o silêncio pra o patrão ao ouvir
Fazendo pelas cozinheiras surgir, um sorrir
Altaneiro de algo que sai das notas pelas mãos.
Enche de luz e de sonhos de doma e flor
Que parece que consome o tempo mais ligeiro
Pelos olhares que ficam matreiros.
A buscar em si, algo dentro dos guardados em cor.
Que castiga a bordona num tango milongueiro
Fazendo pelos silêncios dos outros
Se domarem anciãs potras pelos olhares puros
Que ficam sofrenados por umas notas de um violão matreiro.