Coplinha do coração
O sol resseca os sonhos que já nasceram mortos.
Que de pouca estrada em sonhos esquecidos
Que seguem pelos carreiros da vida já perdidos
Mal dormidos as vezes tortos.
Pela hora branda depois da lida se recosta.
Mira longe as esperas passarem devagar
Sofrenadas pelo horizonte a me calar
Trazendo sonhos já depostos
A alma se para dispersa largada.
O mate faz o alento pela hora calma
A guitarra exala coplas de dentro da alma
Assim como o coração pega a estrada.
É um manancial de coplas e sonhos andejos
Que deles se vão pela planura da frente do galpão
E recorre ate no povo em silêncio, e voltam no coração
Descobrindo pelos olhos que não mais vejo.
Vai pelo campo vasto coplas de alma e cor.
Já que o sol resseca como xergas sonhos distantes
Seca o sal dos olhos pela vida às vezes errantes
E solta pela copla de um domador.
Que recosta o corpo por um final de tarde
Mirando alem do poente sonhos perdidos
Que resguardou pelo olhar mal dormido.
Pra pela hora buena da tarde sem alarde
Mira solito de mate na mão.
O poente com alguma copla de canto em flor
Lamentando os sonhos ressecados pela cor
Pela frente do galpão aberto o coração.