Um tango de flor, copla e silençio
O pueblo a meia luz baila um tango bueno.
Num canto flórea a viguela o Inácio domador
Mirando solito pra alma, que se para sereno
A fazer em acordes de suenos em flor.
Resguarda solito pelo som da viguela...
Coplas amanhecidas pelo caminho um silvido
De lembranças que são pra aquela, ou só dela
Que se arrasta uma saudade de um sueno perdido.
Que segue floreando pelo canto do boliçhão
Um tangaço que pela cordiona do Amarante
Que vai costeando as magoas de ambos do coração.
E ficam no ar pedaços da alma por cantante.
Que para a alma como um sol de primavera
Que pela noite se esquece das ilusões passadas,
E pelo tempo esvai as saudades pra quem pudera
Entender a voz de um tango falando de algo esquecido;
A melodia fala solita pelo infinito da alma
E solta pelo ar os fantasmas que agora povão um floreio
Que se aparta, mas uma vez um tango pra achar à calma
Das coisas de que guarda dentro do peito.
Tango maleva as vez que solta da alma e dos silêncios
Que guardados e retintos dentro do peito escondidos
Embora mal dormidos segue solto por princípios
Que foram por um bem querer vividos.
E na saudade floreão um tango sereno.
Tirando coplas e floreios das coisas da alma
E segue o pueblo bailando o tango bueno.
Sem muito saber das coisas que tiram a calma.