Um tango de flor, copla e silençio

O pueblo a meia luz baila um tango bueno.

Num canto flórea a viguela o Inácio domador

Mirando solito pra alma, que se para sereno

A fazer em acordes de suenos em flor.

Resguarda solito pelo som da viguela...

Coplas amanhecidas pelo caminho um silvido

De lembranças que são pra aquela, ou só dela

Que se arrasta uma saudade de um sueno perdido.

Que segue floreando pelo canto do boliçhão

Um tangaço que pela cordiona do Amarante

Que vai costeando as magoas de ambos do coração.

E ficam no ar pedaços da alma por cantante.

Que para a alma como um sol de primavera

Que pela noite se esquece das ilusões passadas,

E pelo tempo esvai as saudades pra quem pudera

Entender a voz de um tango falando de algo esquecido;

A melodia fala solita pelo infinito da alma

E solta pelo ar os fantasmas que agora povão um floreio

Que se aparta, mas uma vez um tango pra achar à calma

Das coisas de que guarda dentro do peito.

Tango maleva as vez que solta da alma e dos silêncios

Que guardados e retintos dentro do peito escondidos

Embora mal dormidos segue solto por princípios

Que foram por um bem querer vividos.

E na saudade floreão um tango sereno.

Tirando coplas e floreios das coisas da alma

E segue o pueblo bailando o tango bueno.

Sem muito saber das coisas que tiram a calma.

Ginete
Enviado por Ginete em 03/05/2012
Código do texto: T3648227
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