Ao Sepulcro!

Ouço o chiado cansado dos ossos,

Esgotada voz em tons mortais,

Desenterradas como destroços

São apenas os restos materiais!

Lança-me abaixo para a sepultura

Nas negras imagens dos vultos

Ergam a lápide e nesta abertura

Joguem os meus ossos insepultos!

Abram a campa com os coveiros,

E dêem esta carne aos vermes

As bactérias seriam os hospedeiros

Corroendo os órgãos e epidermes!

São estes os senhores das ruínas

Maestros da sinfonia tão natural

Pestes úmidas nas negras toxinas

O corpo decomposto é sepulcral!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 30/04/2012
Código do texto: T3641987
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