Décima a teus olhos.
Lembrei do teu olhar azul e limpo
Na lembrança linda pelo meu tempo.
Na trampa grande a passado
Ficou esse recuerdo gravado.
Que lá dentro do coração
Ficou a imagem gravada de ti na amplidão
Que se desenha junto ao horizonte
Na espera larga de uns “antonte.”
Ficou no semblante a mirada larga
No sentir e no pensar uma bruta carga
Que vai adoçando meu mate...
E vai me acalentando depois dos embates.
Na alma um querer guardado lá dentro min.
Lembra-me de ti assim, naqueles olhos sem fim.
Longe dos meus percebi mirando neles um pouco da alma
Que a minha andarilha andou longe da vida e das horas calmas.
Que foram por o teu semblante corado.
Deixando o meu de índio vago, sem mandado
Parar por teu olhar sereno.
E ruir meus sonhos pequenos.
Parando e sonhando e velos denovo solito
Novamente na minha frente como estrelas no infinito
A brilhar e a me fazer andar e querer telos
Junto aos meus pra poder só admira-los.
E não deixá-los mais solitos.
Que me fazem agora mirar o horizonte bonito
Pra ver se encontro eles em alguma estrela
Que posso imitar o brilho desses olhos que tem ela.
Que por eles revi minha alma desnuda, desprovida...
Retinta e infinita e solita pela lida.
Que neles refletiram também tua alma.
E em min trouxeram a doce calma.
Que adoça meu mate quando me lembro de ti.
Por esses olhos que bem de pertinho vi.
Na linda lembrança de ter eles por perto
Na esperança que se torna mais de acerto.
E um dia talvez estender nos aprumos desses potros
No rumo dos teus olhos, não os vendo somente pelos astros
Sabendo que poderei velos mirando os meus
Já sofrenados pelos e encantados pelos teus