Fui virando um vulto noiteiro
Virei um volto pela noite
A mesma que me assistiu.
Que sumiu em min no breu da noite
E notou que fugitivo partiu...
Repartindo as sortes e as vidas.
Ficando somente nos olhos um recuerdo perdido.
Vivendo por a madrugada de olhos mal dormidos.
Indo em vida e lida.
Virando e sumindo noite adentro
Que me entro virando a madrugada
As vezes mateando rondando a potrada
Que vai pastejando.
Agora noiteiro vivente sem rumo
Sinuelo somente tua lembrança.
Que toma o peito de qualquer pensamento que aprumo
E agora um vulto solito sem esperança.
A galopear em mouro ou zaino
Ou qualquer potro pra o ano.
Que se enfrena também.
Se tornando também um vulto madrugueiro.
Que como eu sorveu solito
Somente mirando o infinito.
Pelo céu escuro pela noite
Se tornando um vulto andarilho.