BALÉ DA CHUVA

Estou voltando a escrita rapidinho

Lembrando quando era gurizinho

Um taludíssimo de um piá

Que adorava leite com cus cus

Galopar ao encalço e um avestruz

E correr de atrás de uma periá

E de conhecer a tal de aranha preta

O mais endiabrado capeta

Que metia medo inté em homem

Em altas horas da noite

Se encolhendo do açoite

Do frio e do lobisomem

Cuiudo brabo e relinchando

O tempo osco trovejando

A tormenta que não fazia curva

O pobre sego analfabeto em braile

Mas a gente dançava no baile

Ao compaço do balé da chuva

Escrito as 15:08 hrs., de 24/02/2012 por

Vainer de Ávila

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 24/02/2012
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