Lá vem pelo rumo, o Inácio domador

La vem Dom Inácio

No rumo oposto da linha.

Sombreiro ladeado semblante mal dormido.

Indo pra outro lado que no ia.

Pelo tranco talvez venha de algum bolicho

Mas se sabe a boca pequena

Que corre a prosa que arrumou cambicho

Que na linha já se comenta.

Comenta o fato de rumos novos

Que enfrena, não mais estendendo a esmo.

Mas que às vezes bate casco no rumo da escuela do pueblo,

Pra ver algum olhar intenso de campo.

Dom Inácio domador.

Que se perde em uma vereda e resguarda em seu misticismo

Que apreendeu solito que a vida aperta a cincha,

Mas que a prenda vai de pouco descobrindo seu catecismo.

Que anda, indo, no rumo oposto como já farão

Mas anda e volta solito pra o galpão

E se sabe que anda parando

Por algum semblante moreno.

Que pressentiu a sombra de alguma janela

Mirando o lado oposto da linha

Talvez indo no rumo dos olhos dela.

Ajeitando na volta, algum potro mal enfrenado.

No semblante que guarda seus segredos

Fica também mostrando de pouco

Que ainda possa ir do outro lado da linha

A começar a ajeitar o coração um pouco.

E como falam na linha...

Lá vem Dom Inácio

Pelo lado oposto da linha

Ajeitando alma no lombo grande do corredor.

Ginete
Enviado por Ginete em 22/02/2012
Código do texto: T3513005
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