Fronteiriço
Lhes digo, sou fronteiriço
E missioneiro tambem;
Não dou bolas para o perigo
E nem me achico para ninguém;
Ganho no peito e na raça
As coisas que me convém.
Conheço a lida campeira,
Sou marco da tradiçao;
Minha têmpera é forjada
Com o fogo feito no chão,
E não me troco por nada,
Só obedeço a razão.
Não acredito em maneias
Que possam me segurar,
Sou indio duro de queixo
E difícil de enfrenar,
Quem não acredita, tente,
Depois não vá se queixar.
Eu não nasci para capacho,
Ando de cabeça erguida;
A índole de uma raça
Norteia a minha vida;
Pois sou filho de São Borja,
Gloriosa terra querida.