Se pudesse...

Se pudesse por um dia não amar

mais teus olhos opacos.

QUe me trousseram a vida

e a noite mais longa.

Nesse terunho sentir

que penso que alma minha

se perdeu em algum bolicho

ou por algum beijo...

Se pudesse ao menos gostar menos

de ti... que sinto e faço

que a saudade não me faz caber em min...

Ando de galpão em galpão

centauriando minha vida

a galopear aos quatros ventos

por não ter mais rumos além dos bolichos...

Se pudesse gostar menos

de ti... mas não sei mais que é além

de andar sob a cruzes deste potros

caregando as minhas.

Saudades que me amargão o meu melhor

mate juyado de manha.

Que pela noite lenta vou galpoenando

um tempo, mas logo saio pra um vinho...

Se pudesse não querer mais gostar

de ti... mas meu coraçaõ de potro

teimoso e redomão ainda espera

por si mirando largo o corredor.

Buscando na distânçia que hoje faz

e me traz a meus olhos o sal cristalizado

de lembrar do teus.

Se pudesse sufocar o tempo

mas não tenho essa força...

Sei que dentro dos rios de minha alma

ficou um vazio...

Pareçe que ausênçia que se fez hoje

me judia da alma, e me destroi com a calma

me fazendo que saia por ai

madrugada adentro.

Se pudesse não te querer mais...

Mas em minha memoria se olvida

e no meu coração preende o grito

chamando no sem fim do campo...

Que se pudesse não ter mais,

essa dor... mas ela me domina e me doma

que talvez tù seja como o vento

passou e talvez um dia volte em brisa mansa

pra perto em alguma primavera em flor.

Ginete
Enviado por Ginete em 22/12/2011
Código do texto: T3402449
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