Um mate. O negrito...

E o negrito.

Matea mirando o largo do galpão

Enquanto dou rédea em outro mate.

O meu mais longo e temporão.

Que guarda meus recuerdos,

Que ainda mal dormidos

Escorrem pela minha alma.

Que o negrito...

Matea e mira os potro

Uns atados, outros solto.

Meu caminho de campo.

Agora segue talvez por a mão

Deste negrito, que apreende

Comigo o sabor do mate.

Talvez lá na frente

Tenha cismas de guitarra

E potros buenos de montar.

O negrito...

Me mira e ajeita a cuia...

...Pequena feita pra os mates

Curtos da cozinha.

O negrito...

Ainda não sente o peso largo

da lida...

Nem o doce bailado de um tango,

Com alguma morena flor.

Mas ainda apreende que as cevaduras,

Pode ter muitos rumos

Pra si.

Ginete
Enviado por Ginete em 23/11/2011
Reeditado em 25/11/2011
Código do texto: T3351804
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