Na flor que esqueceu da cor

saudades potras que me apertam

o peito ao ver teu nome em cor.

No meu jaleco negro

sujo da lida, ficou a flor bordada

Pra meu destino andante

recorrendo campo em flor.

Que numa carrego igual a tua

em meu jaleco.

A minha branca sem cor

mas o desenho igual...

Pois no dia que foste, que perdi

se foi, também a cor.

As saudades rebentando em cor, pelo potreiro

e branca em meu jaleco de todo dia

Rebuscando o caminho.

Que agora solito, vou me...

Ajeitando um pouco aqui

e outro pouco ali, ainda sem entender

do nada do que sei.

saudades que pelo jeito

carrego solito...

... se largando com o vento,

que da vida ao pano do jaleco de flor bordada.

Parece que me dá, uma esperança

e me estilhaça a alma e mil pedaços...

...dando vasa e dando a alma

e um pouco de rumo...

Que na extravagância de meu jaleco.

Carrego o resto que me sobra de um sonho,

que perdi... e agora me perdo

por algum bolicho de tempo e vento...

E na flor bordada, leva um lamento,

que se existe um resto de minha alma,

que ficou a escorrer o sal do olhos

mirando essa flor que se esqueceu da cor.

Ginete
Enviado por Ginete em 15/11/2011
Reeditado em 18/11/2011
Código do texto: T3337833
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