Na flor que esqueceu da cor
saudades potras que me apertam
o peito ao ver teu nome em cor.
No meu jaleco negro
sujo da lida, ficou a flor bordada
Pra meu destino andante
recorrendo campo em flor.
Que numa carrego igual a tua
em meu jaleco.
A minha branca sem cor
mas o desenho igual...
Pois no dia que foste, que perdi
se foi, também a cor.
As saudades rebentando em cor, pelo potreiro
e branca em meu jaleco de todo dia
Rebuscando o caminho.
Que agora solito, vou me...
Ajeitando um pouco aqui
e outro pouco ali, ainda sem entender
do nada do que sei.
saudades que pelo jeito
carrego solito...
... se largando com o vento,
que da vida ao pano do jaleco de flor bordada.
Parece que me dá, uma esperança
e me estilhaça a alma e mil pedaços...
...dando vasa e dando a alma
e um pouco de rumo...
Que na extravagância de meu jaleco.
Carrego o resto que me sobra de um sonho,
que perdi... e agora me perdo
por algum bolicho de tempo e vento...
E na flor bordada, leva um lamento,
que se existe um resto de minha alma,
que ficou a escorrer o sal do olhos
mirando essa flor que se esqueceu da cor.