Carreirista esquentado

Se a bala vem por cima eu vou por baixo
Não quero nem saber se o pato é macho
Eu quero é ovo
Levanto bem alto o relho
E chego olhando de esguelho
Gritando pro povo

Em dia de carreirada
Embaixo da lona armada
Eu compro pinga e pastel
E não me venha de cara feia
Porque se não já dá peleia
Com os milicos do quartel

E explico ainda
Que me venha a morena linda
A mais linda das chinas
Rebolando as ancas e dengosa
A quem peço um dedin di prosa
E faço-lhe um dengo nas crinas

Gritanto sessenta por nada
Saio de guaiaca forrada
Com o pingo que ganha e não cai
Que com certeza leva a carreira
Atravesso a fronteira
E me vou embora pro Uruguai!

Escrito as 07:20 hrs., de 06/11/2011 por
Vainer Ávila

 
NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 06/11/2011
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