Um coração de pedra

O coração era de pedra.

Um dia quiz amar,

mas por ser de pedra não sabia

achando que o jeito era preender

e não dár espaço.

Até quando se vai no mesmo tranco,

um amando e outro sem sentir nada?

Até quando se vai um gastando

a alma pela lida e outro sem sentir nada?

Até quando a copla de campo

vai ser assim e a outro não valer nada?

Ate quando um tenta a paz junto

e outro não sente nada?

Até quando a ferro e fogo se leva

e outro sofre solito?

Até quando o sentimento vai ser

sufocado e outro pela dor escorre o sal dos olhos?

Até quando meus fletes que pisavam estrelas,

pra chegar antes da hora no teu costado vão andejar

estradas vazias e outro a sorrir do pranto do outro.

Até quando valeu pra ti que a outro

valeu muito?

Até quando a minha alma andará perdida

e outro andará por ai?

Até quando o amargor do meu mate será

de tua ausençia e a outro nem o vinho bueno faz nada?

Até quando teremos que ser assim

sentir nada?

Ginete
Enviado por Ginete em 29/10/2011
Reeditado em 25/11/2011
Código do texto: T3305219
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