Lá, campo afora
Reaperto os arreios pra lida
me largo ligeiro pelo lançante
caminho fundo de trilho de gado.
sigo um rastro pelo bordado do banhado
que me esvuaça a lenço negro
como o luto de um amor mal envidado.
sigo tranco largo, uma vaca preta
salta pela frente, que levo por diante
dos encontros de uma zaina buena.
Meus olhos de mira campo em flor
saguem ajeitando algumas gotas
de orvalho do sal de meus olhos
que as vezes na xucra estampa
mostra um pedaço de meu coração.
Que agora sigo firme com a alma
junto aos estrivos sob os bastos
deixando o coração preso a um par de chilenas de prata.