A bela branca
Um trem anda pois
devagar demais
O tempo passa
como se não houvesse paz
Sinto algo a me observar
Uma coisa que por olhar,
bem concreta
Branca e pálida
me prende a atenção
É preciso tanta cautela
que me surpreende
Tão calma,
mas capaz de passar a maturidade
pelo olhar
Carente de qualquer sentimento
Carente do menor carinho
Simples como uma pétala de rosa
Mas doce como o perfume de uma flor
E na alma carrega a dor de um grande
e inesquecível amor!