Tranco

Tranco largo esqueçido

por os cinzel dos cascos pelo corredor.

Saudades que que se vem

e também não se vão...

Meu templo um galpão

que ainda da porta mirado o largo

do lagoão ali enpastado que cavalhada

mata cede.

Que logo adiante o corredor

que me leva sem fim.

Traz cheiro e a sombra pelo chão pedregoso.

Sigo sem muitos rumos

olhando e estendendo o tranco

as vezes galope quando o cavalo

pede vaza.

Meus caiminhos de recuerdos

aquerençião por leguas

sabendo que recuerdos não se vão.

Nas patas de meu flete ou de algum potro

que vai estendendo se ajeitando

molhando as cordas chatas da lida

que não chão a sombra as vez me acompanha

as vezes cestrosa se esconde.

O caminho largo solito que risco sozinho

num rumo de estender sabendo

que me ajeito na estrada sem pesar.

Que se pudesse algum dia ia estender

o tranco com teus olhos ao meu lado.

Somente sigo solito.

A doma me cria e ajeitando

algum sentandor que pelo meu amor

ainda não sente o peso do buçal

e depois sigo tranco largo solto das patas

mas ainda solito...

Dedicado a um tempo de coração...

Ginete
Enviado por Ginete em 10/10/2011
Reeditado em 25/11/2011
Código do texto: T3269086
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.