Tranco
Tranco largo esqueçido
por os cinzel dos cascos pelo corredor.
Saudades que que se vem
e também não se vão...
Meu templo um galpão
que ainda da porta mirado o largo
do lagoão ali enpastado que cavalhada
mata cede.
Que logo adiante o corredor
que me leva sem fim.
Traz cheiro e a sombra pelo chão pedregoso.
Sigo sem muitos rumos
olhando e estendendo o tranco
as vezes galope quando o cavalo
pede vaza.
Meus caiminhos de recuerdos
aquerençião por leguas
sabendo que recuerdos não se vão.
Nas patas de meu flete ou de algum potro
que vai estendendo se ajeitando
molhando as cordas chatas da lida
que não chão a sombra as vez me acompanha
as vezes cestrosa se esconde.
O caminho largo solito que risco sozinho
num rumo de estender sabendo
que me ajeito na estrada sem pesar.
Que se pudesse algum dia ia estender
o tranco com teus olhos ao meu lado.
Somente sigo solito.
A doma me cria e ajeitando
algum sentandor que pelo meu amor
ainda não sente o peso do buçal
e depois sigo tranco largo solto das patas
mas ainda solito...
Dedicado a um tempo de coração...