Pela hora santa, me espia a cambona

Espera retinta na cambona

que prosea comigo.

Ainda pouco um bagual me baixou o toso

que levei os talher direito as paletas

pra me firmar.

Agora limpo a ideia com um mate bueno

mirando o entardeçer serenatiando no mais.

Sorvo a palavra guardada

entre a lida e hora.

Ainda pouco era guri de campo

varendo o galpão de tamaca.

Agora ginete bueno, copliador de alma e rincão.

Que pela bomba do mate

sorvo o tempo enquanto a cambona enegrecida,

vai chiando suas saudades

que se fazem minhas...

O galpão se para queito por hora grande,

que um cusco se enrodilha sob um laço,

e se para a mirar o fogo como eu.

Pareçe, que sente também a minha ausençia

ou talvez tenhas as suas.

Que de contar a hora da noite

e espera chiando a cambona

QUe me espia e mostra estampado

em meus olhos, um par de olhos,

que num corpo, morena.

saudoso e ausente fica a reza.

A hora santa pela plenitude de um galpão

que agora nem o bagual mais maula faz

escorre a ausençia de ti.

Ginete
Enviado por Ginete em 24/09/2011
Reeditado em 25/11/2011
Código do texto: T3238740
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