Ao Léu
Ia ao tranco largo caminho de alma
me parei pra um trago largo por um receurdo.
Noite alta rumo novo, um rosilho que vem
mostrando serviço pra o viço da lida.
Vai se ajeitando pra o basto como meu caminho
solito dando boca.
Noite bem mais estrelada que por meus olhos
de campo ainda procurando a morena mais bela.
Na qual botei os potro antes da lida.
E larguei campo fora a compor cavalo.
Ando de balandrau destapando suenos
que vou a cada gole de madrugada
Perdendo e sentindo que cada dia mais longe
e cada dia mais o tempo me consome lidando
E agora ginete...
Vai me mostrando que anda mais solito
em meio tantos ajeitando um rosilho prateado
que pelo brilho da luna vou me largando
E apreveitando os restos retovados
de um tempito bueno onde a alma sorria por nada.
E estendia não mais pra qualquer caminho
mas em rumo de alma guarida e morena
que me fazia incediar a alma que ainda
se para a esperar o tempo ajeitando
as penas por algum trago largo de vinho.