Coplita a uma filha de patrão

É um morenão ajeitado

mas não é o tudo que falam,

Folheira não sabe da lida

quando me ajeito nas garras

se atrapalha nos olhos

me olha ar de estorvo.

Eu que sou mais ginete de campo e flor

tu sempre filha do patrão.

Cobiçada por tantos e afamada por outros

eu sempre ginete, domador e guitarreiro

dos bolichos afora.

que sempre me escapa a galope um verso

pra quem se larga na lida do campo afora.

Vou me atorando lidando com esse potros

mostrando pra os outros que sou mais ginete.

Tu morenita que vivente o povo

nunca viu um poente

ou sentiu a alma pulsante num acorde guitarra

Te respeito pór ser filha do patrão.

mas não me olhe com desdenho

sou assim desse jeitito de campo.

Ginete
Enviado por Ginete em 09/09/2011
Reeditado em 10/09/2011
Código do texto: T3210625
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