campereando em sonhos
eu ja não uso mais bota
aquelas dos tempos da grota
la no campo e na lavoura
rancho de capim e não telha
já fui esquilador de ovelha
era um craque na tesoura
eu brochava os bois na canga
tomava banho de sanga
e ajudava a repontar o gado
agente parava rodeio
mesmo com o tempo feio
ou com o chão embarrado
por entre os caraguatáz
o velho lagarto sagaz
comia os ovos da pomba
das grimpas do velho pau ferro
eu ouvia o berro
do boi que descia a lomba
e também o grito do ganso
nas águas fundas do remanso
eu dele remo no caíque
transportando um contrabando
balas pelo ar trovejando
rezando para que a gente não fosse pique
fazer e encher o chimarrão
na volta do fogo de chão
chuva na cuinhera da casa
sem plateia e sem aplauso
a gente contava causo
enquanto pingava na brasa
no chão de terra vermelha
uma costela de ovelha
pro almoço de meio dia
eu me levantava bem cedo
pra reculutar do varzedo
a linda potranca rosia
que me levava pro bolicho
pilchava bem no capricho
brilhantina no cabelo
pra bailar la na ramada
me entreverar com a mulherada
e apartar uma pro sinuelo
e chega de ladainha
enfio a faca na banhinha
hoje eu moro na cidade
vou encher o chimarrão
desencilhar o alasão
e cair na realidade!
escrito as 07:21 hrs., de 09/09/2011 por
vainer ávila
eu ja não uso mais bota
aquelas dos tempos da grota
la no campo e na lavoura
rancho de capim e não telha
já fui esquilador de ovelha
era um craque na tesoura
eu brochava os bois na canga
tomava banho de sanga
e ajudava a repontar o gado
agente parava rodeio
mesmo com o tempo feio
ou com o chão embarrado
por entre os caraguatáz
o velho lagarto sagaz
comia os ovos da pomba
das grimpas do velho pau ferro
eu ouvia o berro
do boi que descia a lomba
e também o grito do ganso
nas águas fundas do remanso
eu dele remo no caíque
transportando um contrabando
balas pelo ar trovejando
rezando para que a gente não fosse pique
fazer e encher o chimarrão
na volta do fogo de chão
chuva na cuinhera da casa
sem plateia e sem aplauso
a gente contava causo
enquanto pingava na brasa
no chão de terra vermelha
uma costela de ovelha
pro almoço de meio dia
eu me levantava bem cedo
pra reculutar do varzedo
a linda potranca rosia
que me levava pro bolicho
pilchava bem no capricho
brilhantina no cabelo
pra bailar la na ramada
me entreverar com a mulherada
e apartar uma pro sinuelo
e chega de ladainha
enfio a faca na banhinha
hoje eu moro na cidade
vou encher o chimarrão
desencilhar o alasão
e cair na realidade!
escrito as 07:21 hrs., de 09/09/2011 por
vainer ávila