POr adentro dessa guitarra
POr essa guitarra que me consola
e nem pede esmola pra contar
as cosas que sinto dentro de min.
Vou apertando as notas por ela
que as vez malina se desafina
e se empina sentada sob meu colo.
Me agarro mais firme que numa ginetiada
vou abrandando pra o regalo de uma milonga
que depois vou me perdendo
vou me querendo e desquerendo pra meu toque.
Vou guitarreando as horas que me empresta
a voz pra contar cifrada da lida e de meu coração
que vai comentando por algum verso
da recoluta ou da tropa que se foi no verão.
Vai me ajeitando um redomão coração
dando vaza pra o pranto esquecido
pela lida.
Vou lhe tocando e marcando o compasso
com o guiso das esporas pra encurtar as horas...
Horas de folga da lida.