De toda tropa

Uma tropa que veio pesada

passada vinda com chita

sal, farinha...

Lá ao longe meu pai vem chamando

a ponta que em meio da polvadeira

que levanta longe e senta de manso na copa.

A tropa as vezes tranquea

as vezes se larga louca por alguma

várgea florida.

A cada povo que cruza lentamente

contrabandeia querência atadas no lenço.

A estrada se mostra mais grande

que somente se faz de rumo

Antes vendo dos altiplanos do Andes

agora rumo ao norte.

Lentamente passando por outros povos

que mirando o corpo da tropa.

Vida andarilha que na sina andeja

vai recortando o mundo desparelho

ouvindo longe um silvido chamando a ponta

que se perde na amplidão.

que na volta mirando mais perto o galpão

o mangueirão e a casa grande...

nem acredita que a cada metro que a patas

consomem no caminho da ramada.

se benze sabendo que ali tem mate

e prosa buena pra os das casas.

Ginete
Enviado por Ginete em 27/08/2011
Reeditado em 03/09/2011
Código do texto: T3185846
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