Chimarrete


Sou lá de perto de Alegrete
Preparo meu chimarrete
Com erva mate de primeira
Fico pra mais de semana
De Livramento À Uruguaiana
Passeando pela fronteira

Saio no romper da aurora
No tinir de minha espora
E o meu coração indaga
Minha batata ta assando
Tem alguém me esperando
Lá em são Luiz Gonzaga

Eu não sou dado aos luxos
Sou dos pagos de garrúchos
Grande produtor de soja
E de mais algum mantimento
Minha certidão de nascimento
Diz que eu sou de são Borja

Mas tudo isso se encaixa
Bota, chapéu e bombacha
E a farda do regimento
De cavalaria montada
Arrumei uma namorada
Em Santana do livramento

Castelhana matrona
Que esquentou na cambona
A água pro chimarrete
E hoje me da carinho
Nas entranhas de um ranchinho
Num distrito de Alegrete!

Escrito as 07:17 hra., de 18/08/2011 por
Vainer Ávila

 
NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 18/08/2011
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