assoviando coplas
como são largas a noites mateando solito
guardo em meu abandono
um assovio pra não chorar tua saudade.
vou pela lida tocando espora pra esses potros
e ao longe no horizonte largo vejo teu sorriso mais largo
quando me mirava de olhos claros.
deixo o tempo recolutar pra algum mate bueno
de fim tarde proseando com alguma comparsa
que se vem pra um mate e encordoa a prosa
que as mais de perto sabem que sinto de fato.
que busquei uma estrela por um beijo teu
que vou num silvido campo afora
que o patrão entranha achando que ando sorrindo pra luna
mas lá por dentro de minha alma.
anda campeando estrelas que do brilho dos teus olhos
vou me perdendo a cada dia um sabor bueno de mate
pra um amargor de que vem da alma
que ainda recorre teus recuerdos de morena.